O Parlamento Europeu votou hoje o congelamento das negociações com a Turquia, com vista à sua adesão à União Europeia.
Carlos Coelho começou por lembrar que "em Março deste ano, logo após a declaração UE-Turquia relativa à chamada crise dos refugiados, alertei para os perigos de tal acordo. Não só manifestei reservas sobre eficácia e legalidade do que pedíamos à Turquia, como da exequibilidade das contrapartidas que oferecíamos. Com efeito, duvidei que fossem angariados os milhares de milhões prometidos e hoje apenas uma pequena parte foi de facto entregue à Grécia; duvidei que fosse possível liberalizar os vistos com aquele país e hoje essa possibilidade permanece pelo menos tão distante como então; e, por fim, duvidei que fosse prudente acenar com a adesão".
O Deputado do PSD considerou ainda que "hoje é evidente que uma adesão será impossível num futuro próximo. O que temos assistido na Turquia é contrário aos valores essenciais para qualquer membro da União".
Carlos Coelho concluiu que "não podemos ignorar que a Turquia constitui um parceiro natural da União, por evidentes razões geoestratégicas, mas há princípios sobre os quais não podemos transigir. Apoio pois a suspensão das negociações de adesão com a Turquia."