Carlos Coelho defendeu uma maior intervenção da Europa no combate aos fogos florestais recordando que: "infelizmente, as situações de seca extrema e de incêndios florestais têm aumentado, quer em termos de frequência, quer em termos de amplitude, nas regiões do Sul da Europa".
O Deputado social-democrata reconheceu que "são enormes os danos causados, quer em termos de perda de vidas humanas (só este verão, morreram 11 pessoas), quer de redução da actividade económica e de degradação ambiental, nomeadamente ao contribuir para acelerar a desertificação, na última década têm vindo a desaparecer cerca de 400.000 hectares de floresta europeia, por ano".
Carlos Coelho afirmou que "as alterações climáticas contribuem para o aumento de catástrofes naturais, mas muitos casos continuam a ser imprevisíveis ou têm origem criminosa. Daí a necessidade de se desenvolver a investigação científica de forma a melhorar os mecanismos de avaliação dos riscos, os sistemas de prevenção e os meios de combate a esse fenómeno, bem como disponibilizar os recursos financeiros necessários".
A concluir, o Deputado português defendeu que "precisamos duma estratégia europeia de combate a catástrofes naturais, e de maior interoperabilidade e coordenação entre os vários instrumentos comunitários. Os Estados-Membros deverão reforçar a cooperação e coordenação de forma a assegurar uma solidariedade e disponibilidade de recursos adicionais de rápida mobilização no combate a estas catástrofes. Recomendo ainda à Presidência do Conselho que tome, urgentemente, uma decisão relativamente ao Regulamento para o novo Fundo de Solidariedade, de forma a aumentar a transparência e flexibilizar a sua mobilização em caso de emergência".