Vasco Graça Moura apoia programa ''Erasmus Mundus''

O Deputado Vasco Graça Moura considerou, em Estrasburgo, que o relatório aprovado pelo Parlamento Europeu sobre o Programa Erasmus Mundus, com as alterações introduzidas pela Comissão da Cultura, "tem o mérito de clarificar e reforçar alguns vectores" deste programa.

Para Graça Moura, "é importante que se tenha chegado, com o acordo do Conselho de Ministros da Educação, a um envelope financeiro de 230 milhões de euros, valor que se afigura razoavelmente satisfatório.  É igualmente importante que este programa abra novas perspectivas ao ensino superior, quer na Europa, quer na sua relação de cooperação com países terceiros, e não apenas a nível dos estudantes, mas também a nível dos próprios professores não europeus convidados".

Graça Moura sublinhou ainda "a atenção prestada aos aspectos linguísticos e ao princípio da diversidade cultural, ao rótulo de qualidade e à articulação do ensino superior com a formação profissional.  Tudo isto se torna ainda mais significativo com a adopção da medida que torna possível uma volta à Europa dos beneficiários do programa por via das universidades e o não esquecimento dos estudantes europeus no tocante ao seu acesso a este mesmo programa, às suas bolsas e aos seus mestrados interuniversitários".

Em termos do alargamento, Vasco Graça Moura considerou "ainda mais decisivo o facto de se poder contar desde já com a possibilidade de à referida volta à Europa do conhecimento se acrescer uma amplitude e um perímetro muito mais expressivos.  Torna-se agora necessário desenvolver uma actividade promocional no sentido de dissipar dúvidas e receios que, segundo a comunicação social, já despontam nalguns meios universitários".

Graça Moura salientou ainda que "subsistem algumas interrogações de fundo .  Será por esta via que o ensino europeu conseguirá uma posição verdadeiramente competitiva com o norte-americano?  Seja em termos quantitativos, seja em termos qualitativos?  E, no quadro europeu, conseguir-se-á uma repartição mais equilibrada dos estudantes pelas universidades dos países membros?  Só a experiência do tempo poderá dar resposta a estes pontos.  Para já é de aplaudir e de registar que a Europa no plano do seu ensino superior possa contar com mais um instrumento internacional da maior utilidade que abre justificadamente muitas das expectativas".