O Deputado do PSD Carlos Coelho afirmou hoje, em Estrasburgo, que "por mais grave que seja esta decisão, não podemos vacilar ou hesitar quanto à necessidade de aplicar o Protocolo de Quioto, com ou sem os Estados Unidos".
Para Carlos Coelho, a tomada de posição dos EUA e a circunstância de se aproximar a realização da COP6bis, Conferência destinada a aprovar as regras de aplicação do Protocolo de Quioto, "obriga a União Europeia a um trabalho redobrado e a uma liderança efectiva deste dossier político, quer no plano interno, quer no externo. No plano interno lutando contra a derrapagem nas emissões que hoje se verificam na maior parte dos quinze Estados Membros. No plano externo assegurando que Quioto é ratificado pelo maior número de países de forma a entrar em vigor antes de 2002".
Carlos Coelho salientou o empenho do seu colega de bancada Jorge Moreira da Silva, que chefiou a Delegação do Parlamento Europeu à última reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, realizada em Haia e que foi o primeiro subscritor da Resolução apresentada pelo PPE, "no sentido de ser alcançado um compromisso entre todos os grupos - o que felizmente acabou por acontecer".
Carlos Coelho apoiou ainda a "denúncia firme da infeliz e criticável decisão unilateral anunciada pelo Presidente Bush de rejeição do Protocolo de Quioto", que considerou grave mas não surpreendente, acrescentando que "há muito tempo que a União Europeia deveria ter-se prevenido com estratégias alternativas".