O Parlamento Europeu aprovou, em Estrasburgo, o relatório Costa sobre a protecção das crianças no mundo digital, que contou com o apoio do Deputado Carlos Coelho.
Carlos Coelho afirmou não ter dúvidas quanto às numerosas oportunidades relacionadas com a educação e a aprendizagem que o mundo digital pode oferecer às crianças e aos jovens mas advertiu para o facto do sector educativo estar completamente desfasado das mudanças tecnológicas verificadas nas vidas dos menores:" a rápida evolução das tecnologias exige respostas igualmente rápidas e eficazes, nomeadamente através da adopção de uma estratégia de protecção eficaz das crianças. Temos que apostar na prevenção, ajudar os jovens, as famílias e as escolas a tomar consciência dos eventuais perigos que enfrentam em linha. Temos que combater de forma eficaz todos os tipos de conteúdos ilegais em linha, mas também outras ameaças, tais como o assédio, a discriminação, o "bulling", as violações de privacidade, etc".
A Internet representa frequentemente a companhia mais permanente dos jovens, por vezes mais do que a própria família, a escola e os amigos. Na faixa etária dos nove aos dezasseis anos, os jovens utilizam o computador para estudar e jogar (100%), ver videoclips (86%), jogar com outros, descarregar vídeos e música e partilhar P2P (56%) e, finalmente, para partilhar ficheiros, visitar ciberfóruns, blogues e mundos virtuais (23%).
"Tendo em conta o compromisso forte e reforçado de defesa dos direitos da criança no Tratado de Lisboa e na Carta dos Direitos Fundamentais é necessário darmos mais um passo em frente e transformar os objectivos gerais em acções concretas" -afirmou o Deputado social-democrata.
Carlos Coelho demonstrou assim o seu apoio à criação de uma Directiva-quadro que "integre e regulamente todas as matérias relativas à protecção das crianças no mundo digital, e uma governação multiníveis que promova uma abordagem harmonizada nos Estados-Membros e incentive uma coordenação mais forte entre estes e a UE" tendo apelado aos Estados-Membros, que ainda não o tenham feito, "para que assinem e ratifiquem os instrumentos internacionais de protecção das crianças e que procedam à sua transposição o mais rápido possível".