Carlos Coelho subscreve petição em defesa do ''GPS'' europeu

O Deputado do PSD Carlos Coelho é um dos subscritores de uma petição dirigida aos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia, no sentido de que tomem "todas as medidas adequadas no sentido de permitir ao Conselho da Agência Espacial Europeia o seu empenhamento e contribuição para o programa GALILEU".

Os signatários querem iguamente que "seja mantido o conjunto das funcionalidades previstas para este programa, em particular as que garantam à Europa liberdade de iniciativa e autonomia de escolhas e decisões políticas, bem como a capacidade de exercer plenamente a sua soberania".

Na petição recorda-se que a Europa "soube demonstrar a sua aptidão a ultrapassar importantes desafios no domínio aeroespacial criando o projecto ARIANE, que lhe garantiu um acesso independente ao espaço, e AIRBUS que assegurou a autonomia no transporte aéreo e que, para além dos desafios estratégicos, estas competências permitiram à Europa de manter a sua posição nos domínios tecnológicos e económicos e de proporcionar aos cidadãos europeus empregos altamente qualificados".

Para os signatários desta petição, membros do Parlamento Europeu e de parlamentos nacionais dos Estados-Membros , o programa GALILEU é o "primeiro programa comunitário que consolida a ambição europeia de ter em mãos o seu próprio futuro nos domínios do posicionamento, da navegação e de medida de tempo, que terá um grande impacto na vida quotidiana". Os parlamentares sublinham que "apesar da decisão tomada pelo Conselho da União Europeia em 26 de Março de 2002 (aprovação do programa GALILEU), este programa não foi ainda lançado devido a dificuldades institucionais".

Carlos Coelho salienta que o programa GALILEU envolve "um orçamento global na ordem dos 3.200 milhões de Euros e a criação de mais de 100.000 postos de trabalho, prevendo que que, até 2008, estejam operacionais 30 satélites a cerca de 24.000 Kms da terra.  Para além da sua utilização civil e da sua dimensão tecnológica, há a possibilidade da utilização militar e uma verdadeira questão estratégica: a questão da autonomia e da vontade comum europeias".

O Deputado social democrata recorda que, "quando da aprovação do projecto pelo Conselho, os Estados Unidos fizeram uma grande pressão contra a iniciativa europeia tentando afirmar o monopólio do seu sistema GPS".