Para Carlos Coelho "a segurança da moeda também tem a ver com a sua estabilidade e o seu valor cambial, mas o que hoje apreciamos é a vertente da protecção contra a contrafacção. E se nem tudo corre sempre bem nessa outra vertente, razão acrescida temos agora para não negligenciar neste combate e para reforçar as nossas cautelas".
No seu Relatório, acrescenta Carlos Coelho, "Charlotte Cederschöld sublinha e bem a importância mundial da nova moeda e o facto incontornável de ela suscitar apetites criminosos, afirmando que 'o Euro encontra-se em franca concorrência com o dólar como moeda mais falsificável'. Tenho a certeza que Charlotte concorda comigo que não é esta a corrida que queremos ganhar face ao dólar".
Carlos Coelho salientou a "especial fragilidade do período de transição em que coexistirão a nova moeda europeia e as antigas moedas nacionais. O desconhecimento, a pouca habituação e a obrigação dos bancos promoverem a troca de moeda vão favorecer quer a falsificação dos euros quer a das moedas nacionais. Há que lutar contra as burlas e os embustes.
Há também que fazer mais e melhor na informação, sobretudo no meu país, Portugal, onde as sondagens revelam percentagens preocupantes de desconhecimento. Exemplos vieram a público da contribuição pedagógica de padres católicos sobretudo no interior do país (como sucedeu entre outros lugares, em Ourique): A contribuição da Igreja e da imprensa local e regional deve ser estimulada e apoiada".
O Deputado social democrata manifestou ainda o seu acordo à "abordagem feita pela Comissão Europeia na sua Comunicação sobre 'Protecção do Euro, Luta contra a falsificação' e com os quatro elementos nela identificados:
- formação
- sistema de informação
- cooperação (designadamente com a Europol, OLAF e o BCE)
- protecção penal ".
A concluir, Carlos Coelho afirmou "não ser partidário das reservas sobre a face nacional das moedas. Acho que o risco acrescido é compensado pelo reforço da sensação de pertença e de identificação e permite ainda responder politicamente aos que sempre se apressam a criticar o excesso de uniformização".