O Deputado do PSD João Gouveia considerou hoje, em Estrasburgo, que "a reforma das organizações comuns de mercado (OCM) do azeite, algodão, tabaco e lúpulo, tal como está proposta, não deverá conseguir evitar o abandono da produção, nem garantir a manutenção do rendimento das pessoas que nelas trabalham".
João Gouveia, comentando a votação que hoje o Plenário do Parlamento Europeu fez relativa às propostas da Comissão Europeia sobre alterações aos regimes das OCMs destes produtos, afirmou que, "embora numa ambiência negocial reconhecidamente difícil, será de aguardar e desejar que a decisão final do Conselho venha a ser bem diferente e que contribua para uma afirmação positiva e responsável da União Europeia".
O Deputado social democrata manifestou preocupação pelo facto de o Plenário do Parlamento Europeu não ter seguido a alteração por si proposta e aprovada na Comissão de Agricultura "que apontava para um reforço do envelope financeiro para Portugal, no valor de 20 milhões de Euros".
Para João Gouveia, "sem este reforço não será possível garantir a continuidade do programa de plantação de 30 mil hectares de novo olival, a aplicar até 2006, aprovado pela Comissão Europeia em 1998. Acresce ainda que o relatório aprovado pelo Parlamento não integrou outras alterações adequadas e indispensáveis a uma justa e eficaz defesa dos interesses portugueses".